Trabalho e resistências miúdas: astúcia, barganha e negociação
Resumen
Nos últimos 40 anos, nas Ciências Sociais, houve um crescimento exponencial de análises que versam, direta ou indiretamente, sobre manifestações consideradas como sendo práticas de resistência. O termo é mobilizado em diferentes acepções e contextos servindo, não raro, como um conceito "guarda-chuva", carente de consistência e rigor analítico. Por outro lado, e dada a proeminência que a temática da dominação e da exploração obteve no noticiário das ideias, falar em "resistências", no plural, significa também deslocar ligeiramente a perspectiva de análise para recuperar um aspecto caro às relações sociais, a capacidade de agência dos indivíduos. À luz de pesquisa sobre o cotidiano de trabalho no corte de cana de açúcar, na região Nordeste do Brasil, propomo-nos aexplorar alguns dos limites e vantagens em se trabalhar com o conceito de resistência. Espera-se, com isso, calibrar ferramentas de análise e modos de conceituação que nos permitam seguir formulando questões sobre a dramaturgia dos conflitos e as formas diversas de contestação.
Palabras clave
resistência; trabalho; agência; conflitos sociais.
Refbacks
- No hay Refbacks actualmente.
Revista Latinoamericana de Antropología del Trabajo ISSN 2591-2755
Licencia Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0 Internacional